maio 04, 2009

É engraçado como a gente nunca se sente feliz. Não importa se você tenha 10 ou 90 anos, se tem um Jaguar ou uma bicicleta enferrujada, se seu namorado é lindo ou banguela, se seu salário é mínimo ou máximo. A infelicidade é hábito, o qual cultiva-se, rega-se todos os dias com água salgada, aduba-se com todos os nãos que caem na nossa cabeça. É aquele diabinho sentado no nosso ombro esquerdo que nos aponta tudo o que falta na nossa existência.Quer ver? Olhe para sua vida nesse exato momento e pergunte a si mesmo se seria capaz de levá-la dessa maneira até o últimos dos seus dias, assim, do mesmo jeitinho que está agora. Se você me disser que não, que nem fudendo sua vida vai ser assim pra sempre, é porque você é infeliz.É aquela coisa... sempre achamos que o agora tá meio rosa-bebê, meio apagadinho, mas que logo mais vai evoluir para um magenta radiante e cheio de vida, brilho e glamour. Sempre daqui um tempo.E aí que mora o contrasenso: a falta de alguma coisa nos faz sentir mais completos. E aí desejamos algo que não temos, alimentamos o diabinho e lá vamos nós correr atrás de alguma coisa, nem que seja do nosso próprio rabo. E, dependendo de como anda sua estabilidade emocional, é aí que vocë acha seu caminho, ou se perde de vez nessa estrada doida. O risco de acertar é 50%.Digo porque sei como são as coisas. E isso me dá nos nervos. Homem casado que quer comer as amigas, magras que querem ganhar massa e gordas que querem murchar, profissionais que ganham bem mas querem reconhecimento, profissionais reconhecidos sem família, homem que quer ser mulher, mulher que quer ser virgem de novo... e aí que se joga a brincadeira de o que você quer ser quando crescer.E lembro das coisas que eu já quis ser quando era criança. Astronauta, ufóloga, arqueóloga, baliza de fanfarra, veterinária, cientista, ginasta. E jornalista. Lembrou também de uma amiga minha de faculdade que queria ser médica legista, daquelas que examinam cadáveres e fazem autópsia. Ela adorava ver fotos de gente morta na internet e nem se importava de comer o almoço em frente ao computador. Virou repórter de rádio e pelo que eu saiba, da parte policial. Meio sonho realizado.Engraçado, pra mim tocar nesses assuntos é incômodo, chato e desconfortável. O resultado foi um texto mala e de caráter " oi me ajuda? to me sentindo estranha". É que hoje acordei meio assim, chatinha, apagadinha... meio rosa-bebê querendo ser magenta.

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